A Fomento Paraná promoveu nesta quarta-feira (8) o II Seminário Crédito para Inovação, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba. No evento foi presentado o novo Fundo Sul Inovação, um fundo de participação (capital semente), que terá inicialmente R$ 50 milhões para aplicar em até 12 companhias de tecnologia nascentes e emergentes no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O novo fundo tem entre os principais investidores a Finep, o Governo do Paraná, por meio da Fomento Paraná, que fará um aporte de R$ 3 milhões, além de investidores privados. A gestora do Fundo Sul Inovação será a empresa catarinense FIR Capital BZPlan.

Segundo o presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, a participação da empresa no Fundo Sul Inovação representa mais uma oportunidade para investir e apoiar empresas paranaenses inovadoras.

“A inovação é um fator estruturante e estratégico para as ações do Governo do Estado”, disse Juraci. “E a Fomento Paraná, como instituição financeira de desenvolvimento, é parte do rol de soluções à disposição para que as empresas paranaenses tenham acesso a recursos em condições adequadas para investir nos projetos”, afirmou.

O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, disse que a participação do Estado nesse tipo de fundo é mais uma demonstração do compromisso do governo com a inovação. “O Governo do Estado tem dado todo apoio ao empreendedor para que novos projetos saiam do papel e tenham sucesso. Temos um arranjo institucional, que vai desde a Lei de Inovação, a rede de universidades e instituições públicas de pesquisa, os grupos de governança, e as instituições financeiras como BRDE e Fomento Paraná cumprindo seu papel”, disse ele.

O gerente de produtos descentralizados da Finep, Marcelo Camargo, disse que a Fomento Paraná é uma grande parceira e que a iniciativa de participar do Fundo Sul Inovação é excelente. “Essa iniciativa supre uma lacuna importante na teoria da inovação, que é oferecer o tipo de recurso adequado ao estágio de cada projeto”, diz Camargo. “O recurso para inovação é diferente do ativo intangível. Inovação é quando algo chega ao mercado. Essas operações têm riscos diferentes e isso exige um tipo de recurso diferente. Essa é a importância de oferecer esse tipo de ferramenta [o fundo] neste momento”, explicou Camargo.

FUNDO SUL INOVAÇÃO — O foco dos investimentos do Fundo Sul Inovação será em negócios B2B (comércio eletrônico entre empresas) de qualquer segmento, mas que sejam baseados em tecnologia da informação e comunicação.

Para receber o investimento a empresa deve ter faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. Cada empresa poderá receber até R$ 7,5 milhões em investimentos. O objetivo é alocar todo o recurso ao longo de cinco anos. O fundo deve ter oito anos de duração.

O Fundo Sul Inovação busca um perfil de startups mais maduras, com um ou dois anos de vida, que já tenham o modelo de negócio funcionando e de preferência tenham faturamento, além de equipes qualificadas e multidisciplinares.

“O objetivo é fazer a empresa crescer bastante no período em que estivermos juntos”, afirma Marcelo Amorim, sócio da BZPlan e representante do Fundo Sul Inovação. “O investimento em tecnologia e inovação é indispensável para qualquer segmento. Portanto, as empresas que têm seus negócios baseados nisso destoam da macroeconomia: continuam em ascensão mesmo num cenário econômico desfavorável”, destaca Amorim.

Empresas interessadas podem encaminhar propostas por meio do site da BZPlan (www.bzplan.bz) ou da Fomento Paraná (www.fomento.pr.gov.br).

FUNDO CRIATEC 3 — O fundo Criatec 3, que reúne R$ 220 milhões para investimento em empresas de alto potencial de crescimento em todo o País, foi criado a partir de um edital do BNDES e conta com aportes de recursos do BRDE e da Fomento Paraná, além de outras instituições financeiras de desenvolvimento nacionais. O BRDE fará um aporte de R$ 12 milhões e a Fomento Paraná de R$ 1,5 milhão.

A prioridade do fundo Criatec 3 é investir em empresas dos setores de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), agronegócio, nanotecnologia, biotecnologia e novos materiais. A intenção do fundo é atuar nesses segmentos em busca de empresas inovadoras com bons projetos e grande potencial de crescimento, mas que normalmente têm dificuldade em captar ou reunir recursos suficientes para alavancar o empreendimento, por falta de garantias de retorno do valor investido.

INOVACRED — No seminário Crédito para Inovação também foram apresentadas as linhas de financiamento Inovacred e Inovacred Expresso, que contam com recursos da Finep.

São duas linhas operacionalizadas pela Fomento Paraná e destinadas a financiar projetos de inovação. O objetivo é ampliar a competitividade das empresas no âmbito regional ou nacional.

Os projetos podem ser voltados à inovação de produto, de processo, inovação organizacional, ou de marketing, como primeiro lançamento do produto no mercado.

Os valores financiáveis variam de acordo com o porte, medido pelo faturamento anual da empresa que se interessa pelo financiamento.

A linha Inovacred Expresso financia valores até R$ 150 mil e é voltada principalmente a empresas e empreendimentos que já compõem o arranjo paranaense de pesquisa e desenvolvimento, participantes de incubadoras tecnológicas ou que tenham patentes registradas.

A linha Inovacred disponibiliza valores entre R$ 150 mil e R$ 3 milhões para empresas de porte I e II (faturamento anual inferior a R$ 3,6 milhões e entre R$ 3,6 milhões e R$ 16 milhões).

Empresas com receita operacional bruta anual ou anualizada superior a R$ 16 milhões e inferior ou igual a R$ 90 milhões (porte III) podem obter créditos de até R$ 10 milhões.

Mais informações no xoops.celepar.parana/v3/afpr/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=243

BAIXE OS ARQUIVOS DAS APRESENTAÇÕES DOS FUNDOS E LINHAS DE CRÉDITO PARA INOVAÇÃO

• Fomento Paraná - Inovacred

• BZPlan - Fundo Sul Inovação

• Inseed - Criatec 3