Microcrédito tem crescimento de 6% em Apucarana 23/09/2016 - 18:10

Crédito na mão com juros abaixo do mercado. Era tudo que a cabeleireira apucaranense Jessica da Silva do Nascimento, 24 anos, precisava para abrir o próprio salão de beleza. Ele pegou um financiamento de R$ 15 mil da Fomento Paraná por meio da Sala do Empreendedor de Apucarana. O tipo de operação de crédito realizada por Jéssica foi realizado outras 48 vezes no município no período de janeiro a julho de 2016, totalizando de R$ 477,7 mil. O valor é 6% maior do que o contratado no mesmo período do ano passado.
Em 2015, nesse mesmo período foram realizadas 46 operações de crédito, que totalizaram R$ 448,9 mil. No caso de Jéssica, o dinheiro foi usado para realizar um sonho: comprar os móveis e equipamentos necessários e instalar um salão de beleza. “Valeu a pena. O juro é bem menor. É menor até que o consignado” garante a cabeleireira, que se prepara para começar a atender no novo espaço em breve.
Atualmente ela já trabalha em sociedade em outro salão. “Com o salão em casa, vou deixar de pagar o aluguel”, observa. Além disso, ela não vai mais perder tempo com o deslocamento de casa até o trabalho.
Assim como Jéssica, outra empreendedora que apostou no microcrédito para continuar gerando a própria renda foi a costureira Sueli de Oliveira, 35. Ela financiou R$ 4 mil para juntar com outro valor que ela estava guardando e construiu um cômodo próprio para costurar abas de bonés em casa. “Agora vou ter mais conforto para trabalhar”, diz ela.
A agente de crédito Leila Barbosa Tonelli, da Sala do Empreendedor de Apucarana, explica que a Fomento Paraná oferece crédito em diversas modalidades. O microempreendedor pode recorrer ao crédito para comprar equipamentos, móveis, reformar ou construir, como nos casos de Jéssica e Sueli.
O dinheiro também está disponível para capital de giro, que inclui a compra de matéria prima ou de mercadorias para revenda. “Para qualquer uma das linhas, a pessoa não pode ter restrição no CPF, como nome no Serasa, SPC ou em bancos”, explica. Além do solicitante do crédito, nenhum dos sócios pode ter o nome “sujo” na praça. E empresas precisam ter, no mínimo, seis meses de CNPJ.
MUDANÇA — De acordo com Leila, do ano passado para cá houve uma mudança no perfil dos financiamentos. “Antes era mais para construir ou reformar. Agora é mais capital de giro”, diz ela. “Entre os setores que mais tem buscado o microcrédito em Apucarana estão a confecção, comércio e serviços, em especial beleza e alimentação”, complementa.
O secretário de Indústria e Comércio do município, Moacir Salve, comenta que, em momentos de economia retraída, as pessoas buscam tanto o capital de giro, para ajudar a manter o negócio, quanto para começar um novo. “A crise desperta, em alguns casos, o potencial para o empreendedorismo”, diz. Então, são essas duas situações, segundo Salve, que fazem com que a procura pelo crédito continue estável.

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