Governo financia desapropriações para
ampliação do aeroporto de Londrina
29/06/2015 - 17:10

O Governo do Paraná reforçou nesta segunda-feira (29) o apoio para a ampliação do aeroporto José Richa, de Londrina, no Norte do Paraná. O governador Beto Richa, o prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, e o presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho, assinaram contrato de financiamento para o município, no valor de R$ 26,2 milhões, para pagamento pela desapropriação de imóveis ao redor da face norte da pista do aeroporto.


A desapropriação e o repasse das áreas da face Norte da pista à Infraero é uma contrapartida de Londrina no projeto. Isso permitirá à Infraero dar prosseguimento aos investimentos para ampliação e modernização do terminal.


O financiamento é com recursos do Sistema de Financiamento aos Municípios (SFM), que é gerenciado pela Fomento Paraná, em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e o Paranacidade.


“A ampliaçao do aeroporto de Londrina é uma importante obra, que irá contribuir decisivamente para o desenvolvimento econômico e social do município e região. O aeroporto precisa urgentemente ser ampliado”, afirmou o governador.


O aeroporto é muito limitado pelas condições de segurança, em especial o clima, e pela capacidade de transporte de cargas e de passageiros. “Há muitos anos isso tem sido um fator limitador para o desenvolvimento da economia da região. Agora estamos dando um novo passo, em parceria com a prefeitura de Londrina e a Infraero, para melhorar a infraestrutura do aeroporto regional e dar mais segurança aos passageiros,” disse Richa.


Entre 2012 e 2013, o estado repassou, a fundo perdido, R$ 15,9 milhões para a desapropriação de 51 imóveis, localizados na face Sul da pista, permitindo as obras de ampliação da pista e do terminal de passageiros. Agora, complementa o apoio abrindo acesso ao municípios de rercursos do SFM.


CONFIANTES - O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, agradeceu ao governo estadual pelo apoio financeiro e disse que as obras permitirão ao aeroporto triplicar o número de embarques e desembarques. De acordo com o prefeito, a ampliação do aeroporto deve começar em 2016.


“Estamos otimistas e confiantes que a obra saia já no primeiro semestre. A conquista dessa obra é resultado da parceria que temos hoje com o governo estadual, que repassou recursos a fundo perdido e financiou o restante das desapropriações”, avaliou Kireeff.


O presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, também destacou a importância dos recursos disponibilizados pela instituição para ampliação do aeroporto, como fator de estímulo para a economia regional. “Ter um aeroporto com mais segurança e maior capacidade de transporte de cargas e de passageiros vai gerar um novo impulso na economia de Londrina e região. Novas empresas podem se instalar e isso promove a geração de emprego, renda e de riqueza no Estado”, afirmou Barbosa.


CEM MUNICÍPIOS - Construído na década de 1950, o aeroporto atende cerca de cem municípios da região, no Norte do Paraná e Sul de do estado de São Paulo, numa área de mais de dois milhões de habitantes em um raio de 100 quilômetros — 40% da movimentação é originada na própria cidade.


Entre 2009 e 2014, o número de passageiros que transitaram pelo aeroporto praticamente dobrou, passando de 575.589 para 1.146.137.


MAIS DE R$ 25 MILHÕES - Além do aeroporto de Londrina, outros aeroportos regionais paranaenses gerenciados pela Infraero já receberam recursos do Governo do Paraná para ampliação, como é o caso dos terminais de Curitiba, Foz do Iguaçu e de Cascavel. Em quatro anos, o governo Beto Richa investiu mais de 25 milhões em melhorias nos aeroportos regionais.


PRESENÇAS – Participaram da solenidade de assinatura do contrato o secretário chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra; o deputado federal Luiz Carlos Hauly e os deputados estaduais Cobra Repórter e Tiago Amaral.


AMPLIAÇÃO REDUZIRÁ PREJUÍZOS E BENEFICIARÁ ECONOMIA

O projeto de ampliação do Aeroporto José Richa é uma parceria entre a estatal federal Infraero e o município e está estimado em R$ 78,8 milhões. Londrina é responsável por fazer a desapropriação das áreas necessárias, a um custo estimado de R$ 30 milhões (38,07%). A desapropriação é uma contrapartida fundamental para o investimento efetivo da Infraero, estimado em R$ 48,8 milhões (61,93%). O projeto inclui a ampliação da pista, em 600 metros; o aumento da faixa de segurança nas laterais, para mudança da taxi-way (faixa de taxiamento de aeronaves); e a instalação de equipamentos de auxílio à navegação aérea, como o ILS (Instrument Landing System), Radar e D-VOR — de acordo com as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC); além da implantação de área de estacionamento.

Uma análise do número de horas por ano que o terminal aeroviário ficou fechado e o número de vôos cancelados, desde 2010, mostra que a implantação de um aparelho ILS (ILS (Instrument Landing System), deve aumentar significativamente a segurança no pouso e decolagem de aeronaves.

Segundo estima a prefeitura de Londrina, o número de horas em que o aeroporto fica fechado pode ser reduzido para menos de 10% do volume registrados nos últimos anos.

Além disso, a medida trará ganhos para toda a cadeia produtiva da região, com aumento do volume de cargas e passageiros, possível com aeronaves de maior porte, bem como o conforto e aumento da segurança para os usuários.

São esperados incremento do turismo de negócios e eventos, já que muitos eventos passarão a ter condições de ser realizados na cidade, beneficiando o comércio em geral e o setor hoteleiro. Também melhoram as condições para instalação de novas indústrias na região, com consequente aumento de arrecadação de tributos. 



O QUE JÁ FOI FEITO E O QUE FALTA NO AEROPORTO

Já foram desapropriados 51 imóveis na face sul ao aeroporto, totalizando 165.000 metros quadrados (11,26% do sítio aeroportuário) para transferência à União.

Para dar continuidade, falta desapropriar 207.427 metros quadrados de terrenos (14,16% do total do sítio aeroportuário) na face norte da pista, sendo:

- 175.980 metros quadrados de áreas rurais na lateral da pista;

- 6.659 metros quadrados de área não edificável no Jardim Albatroz;

-33 residências no Jardim Albatroz - sendo 12.689 metros quadrados de terreno e 4.519 de edificações;

- 12.099,37 metros quadrados de terreno e 2.655,20 metros quadrados de edificações da oficina de aviões – Avipar.

JÁ EXECUTADAS - Até agora, já foram executadas pela Infraero as seguintes medidas:

- reforma e ampliação do terminal de passageiros de 1.800 metros quadrados para 6.000 metros quadrados. Isso aumentou em 3,2 vezes a capacidade de passageiros (para 1.000.000/ano, em 2002).

- Foi inaugurado o terminal de Cargas, em 2008;

- Foi feita a drenagem, resselagem e substituição de placas de concreto do pátio de estacionamento de aeronaves;

- adequação da área frontal do terminal de passageiros (2011);

- recapeamento da pista de pouso e taxiamento, com implantação de grooving — ranhuras para escoamento da água da chuva (2011/2012);

- segunda ampliação do terminal de passageiros — 1.000 metros quadrados, com nova sala de embarque com 400 assentos, portão de embarque e pórticos — em andamento, com previsão de conclusão em 2015.

- ampliação do prédio administrativo e de navegação aérea, para permitir aumento do efetivo e instalação do APP Radar.

PLANO AEROVIÁRIO AVALIA 36 AEROPORTOS REGIONAIS


O Governo do Paraná já investiu mais de R$ 25 milhões em melhorias nos aeroportos regionais gerenciados pela Infraero. Além de Londrina, Curitiba, Foz do Iguaçu e de Cascavel.

Em agosto, deve ser entregue, pela Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística o Plano Aeroviário do Paraná, que está sendo elaborado pelo Laboratório de Transportes da Universidade Federal de Santa Catarina.

O plano avaliou 36 aeroportos regionais paranaenses, para verificar a demanda de voos e de tipos de aeronaves de cada um e quais as melhorias necessárias para permitir o funcionamento pleno dos aeroportos. O estudo vai atualizar os dados sobre o mercado aeroviário do Paraná cujo último levantamento foi feito em 1998.

De acordo com a responsável pelo modal aeroviário do Departamento de Fomento Municipal para Ações de Infraestrutura e Logística da secretaria, Viviane Giamberardino, o transporte aéreo atua como fator de desenvolvimento para as cidades de menor expressividade econômica e com dificuldade de acesso.

“O transporte aéreo também surgirá como decorrência do próprio desenvolvimento econômico, responsável pela geração de demanda por esse tipo de serviço”, explica Viviane.

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