Fomento Paraná participa do Fórum Sistema Nacional de Fomento 28/04/2016 - 16:23

O modelo de Planejamento Estratégico adotado pela Fomento Paraná, integrado aos programas de desenvolvimento previstos no Plano de Governo do Estado, é o modelo desejável para agências de fomento e bancos de desenvolvimento. Esse é um dos assuntos que está sendo debatido no Fórum Sistema Nacional de Fomento, promovido pela Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE), na sede do BNDES, no Rio de Janeiro (dias 27 e 28 de abril).

O consultor Jorge Ávila apresentou um estudo feito a pedido do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) sobre a atuação das instituições financeiras de desenvolvimento nacionais e identificou problemas comuns entre as entidades de diferentes portes em todo o país. Segundo ele, todas sofrem com a escassez de recursos, seja para o financiamento ou seja para a própria sobrevivência, fator que as inibe de envolver-se em projetos desenvolvimentistas de interesse do estado.

“Em muitas instituições a carteira de projetos não é automaticamente associada aos projetos de desenvolvimento do estado, mas sim de projetos com finalidade de gerar recursos para a própria agência”, afirma Ávila. “Quando se junta insuficiência de recurso com estratégias difusas, o resultado é um impacto menor do que o desejado sobre o desenvolvimento”, explica.

Segundo o consultor, o processo de consolidação das agências de fomento e bancos de desenvolvimento passa obrigatoriamente pelo clareamento do seu posicionamento no aparelho do estado, para que a partir disso seja possível focar em ações de maior impacto e então buscar os recursos necessários para os projetos.

“Num mundo onde há disputa permanente por recursos, angaria mais quem se mostra mais útil”, diz ele. Para o consultor, participar da execução dos planos de governo é fundamental para que se angarie o mais importante dos apoios que uma agência de fomento precisa ter, que é o apoio do governo estadual. “Quando o governo estadual vê na agência de fomento ou banco de desenvolvimento um instrumento importante para execução de seus planos, ele vai apoiar e buscar caminhos para aportar recursos, capitalizar ou o que for necessário para consolidar a agência”, defende.

Segundo Ávila, de modo geral, o planejamento estratégico das instituições possui processos de reflexão estratégica bem conduzidos, mas estão dissociados dos planos e dos programas de desenvolvimento dos governos estaduais.

“Estamos propondo que se faça uma revisão e que se introduza uma reflexão sobre como alinhar a ação da instituição aos objetivos de desenvolvimento traçados pelos governos estaduais. Fazer isso significa redefinir estratégias e objetivos”, diz o consultor. “Para isso é necessário desenvolver canais de comunicação mais estreitos entre a instituição e o governo do estado”, afirma.

“O que propomos é que seja possível visualizar no plano de desenvolvimento do planejamento estratégico da instituição de fomento uma contribuição efetiva para o atingimento dos objetivos de desenvolvimento do plano de governo em suas múltiplas dimensões”, esclarece. “E as instituições financeiras de desenvolvimento tem condição de criar e ter núcleos de reflexão sobre quais são as potencialidades, as vocações e os desafios que devam ser enfrentados nos planos de desenvolvimento, quando essa reflexão não estiver feita ou for incompleta no plano de governo.”

O consultor exemplifica que ao procurar soluções para financiar potenciais parceiros privados do estado, cria-se um novo entendimento que os governos estaduais tem do que é uma agencia de fomento. “A instituição deixa de ser organismo focado em resolver problema particular de ‘a’, ‘b’ ou ‘c’ e passa a ser o parceiro principal do governo do estado na alavancagem dos seus projetos de desenvolvimento por meio do financiamento de atores privados”, considera.

AVALIAÇÃO – Para o presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, os apontamentos do consultor demonstram que a Fomento Paraná está no rumo certo.
“A Fomento Paraná trabalha com uma visão sistêmica e multisetorial da atuação do governo. O planejamento estratégico sempre foi articulado com o plano de governo e nossa instituição sempre está disposta a colaborar com os diferentes programas de desenvolvimento, seja na área de infraestrutura, na agricultura, nos programas sociais, na pesquisa e inovação, entre outros”, afirma Juraci Barbosa.
Além do presidente, participam do Fórum promovido pela ABDE o diretor administrativo, Heraldo Neves, a gerente de Contabilidade, Luciane Tessaro Perissato, e a gerente do Núcleo de Planejamento, Mayara Puchalski.

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