Empreendedor busca crédito para modernizar
empresa de blocos de cimento
01/06/2015 - 09:00
José Nilton Fonseca tornou-se empreendedor há 30 anos. Desde então, sempre foi um empresário conservador. Não utilizava financiamentos ou empréstimos para ampliar ou fazer melhorias na Cimentart, uma fabricante de blocos de cimento para construção civil da qual é proprietário, em São José dos Pinhais.
O capital empregado nesses processos sempre era de recursos próprios, do lucro da empresa. “Meu perfil sempre foi de trabalhar com segurança, estabilidade, com menos risco”, afirma Fonseca. De acordo com o empresário, o aumento do número de concorrentes complicou o mercado e por isso ele resolveu procurar crédito para uma nova melhoria e decidiu procurar o menor custo possível.
“A competitividade nos últimos anos fez com que grupos maiores entrassem no mercado, sufocando os pequenos”, explica Fonseca. Para manter os empregos gerados, a Cimentart precisou inovar para continuar no mercado.
E foi na FOMENTO PARANÁ, instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Estado, que o empreendedor decidiu buscar crédito pela primeira vez, para modernizar a estrutura da fábrica e reduzir o volume de serviço braçal dos empregados. “Tinha oferta de outras linhas de crédito, mas ainda eram caras”, explica.
“Ouvi um comercial no rádio e, em seguida, pesquisei melhor. O crédito veio na hora certa e ajudou porque a empresa não tinha recursos para adquirir equipamentos num momento difícil da construção civil, quando está havendo diminuição da demanda”, afirma.
SALTO TECNOLÓGICO - O financiamento proporcionou a compra de componentes para montar uma palletizadora automática, para empilhar e embalar o estoque de produtos. “Criamos a máquina do zero e ela preencheu uma lacuna que existia na produção. Melhorou muito a logística de embalar os pavers e blocos de cimento”, comemora Fonseca. Segundo ele, não havia na época máquina produzida no Brasil.
Com a nova máquina montada, em parceria com prestadores de serviços locais, a produtividade melhorou. “Foi o meio pelo qual a Cimentart deu um salto tecnológico. Para uma empresa pequena, isso só é possível com crédito barato”, completa o empreendedor.
Além do maquinário, Fonseca buscou capital de giro associado ao financiamento para alavancar o caixa da empresa. “Foi indispensável para o dia-a-dia da empresa”, lembra. “A FOMENTO PARANÁ foi uma agradável surpresa para mim. É um ótimo canal para os micro e pequeno empresário”, lembra ele.
BAIXO CUSTO — Desde 2011, a Fomento Paraná firmou mais de 12,2 mil contratos e liberou R$ 242,4 milhões de reais para apoiar empreendedores da indústria, do comércio e do setor de serviços, além de pequenos agricultores, em todas as regiões do Estado. Desse total, R$ 94 milhões são relativos a contratos de financiamento de microcrédito (operações de até R$ 15 mil).
Podem ser financiados projetos de investimento fixo (obras/reformas, aquisição de móveis, máquinas e equipamentos); capital de giro associado ao projeto principal (mercadorias para revender e matéria-prima para produzir); e uma combinação entre capital fixo e de giro.
Os financiamentos têm prazo de 36 meses para pagamento e possuem as menores taxas de juros do mercado, variando entre 0,61% a 1,17% ao mês. As taxas são menores para empreendedores que apresentam certificados de participação em cursos de capacitação gerencial, como o Bom Negócio Paraná, entre outros, oferecidos por entidades parceiras.