Santa Casa de Londrina presta contas de financiamento 01/07/2018 - 08:00

A Irmandade Santa Casa de Londrina apresentou nesta segunda-feira (2/7) a prestação de contas do uso dos recursos de um contrato de financiamento firmado com a Fomento Paraná, no valor de R$ 10 milhões. Os recursos da linha BNDES Saúde - Atendimento SUS foram destinados à reestruturação do endividamento da entidade com fornecedores.

A linha BNDES Saúde é voltada a instituições beneficentes de assistência social e que atendam a requisitos como atendimento de urgência e emergência ou oferta de leitos obstétricos ou neonatais de risco à Central de Regulação.

“A intermediação deste financiamento para a Santa Casa de Londrina é parte de um esforço do Governo do Estado para fortalecer a capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma o presidente da Fomento Paraná, Vilson Ribeiro de Andrade. “É também uma contribuição da Fomento Paraná, como instituição financeira pública para melhoria das condições de atendimento em saúde da população”, acrescentou.

A possibilidade de operar essa linha de crédito exigiu um esforço da Fomento Paraná para credenciamento no Fundo Nacional de Saúde e habilitação junto ao BNDES.

“Nos capacitamos e fomos buscar meios de proporcionar acesso aos hospitais filantrópicos paranaenses a recursos de baixo custo para ajudá-los na reestruturação financeira e também para investimentos”, afirma o assessor de Mercado, Luiz Hauly Filho, que representará a Fomento Paraná no evento. “É bom para os hospitais e para a Fomento Paraná, que pode consignar o pagamento do financiamento com a margem paga pelo SUS por conta do atendimento prestado pela entidade à população”, completa.

De acordo com os administradores da Santa Casa de Londrina, o financiamento permite uma melhor distribuição e aproveitamento dos recursos disponíveis na instituição para atender aos pacientes de Londrina e toda a região Norte do Estado. Graças ao financiamento, o hospital conseguiu economizar R$ 3 milhões na renegociação de dívidas que tinha com mais de 60 fornecedores.

ATENDIMENTO — Com 191 leitos (155 de internação e 36 de UTI), a Santa Casa de Londrina é referência regional para a Rede Paraná Urgência, com 80% dos atendimentos realizados pelo SUS. A entidade é uma das principais portas de entrada para receber pacientes em situação de urgência e emergência na região. São realizados por mês, em média, 1.900 atendimentos no pronto-socorro, além de 480 internações nas enfermarias e 225 nas UTIs.

No momento, a Santa Casa de Londrina está reformando e ampliando as instalações e vai quase dobrar a capacidade de atendimento, quando concluídas as obras, que devem ser entregues até o final de 2018. São 11 pavimentos, em 20 mil metros quadrados de área construída que devem contemplar 200 novos leitos e outras estruturas.

A entidade também é pioneira no ensino em saúde em Londrina. De 1967 a 1971 foi hospital-escola da UEL, oferecendo infraestrutura para o curso de Medicina. Antes, em 1960, inaugurou a primeira escola de cursos técnicos em saúde, o Centro de Educação Profissional Mater Ter Admirabilis. Hoje, a Irmandade Santa Casa de Londrina tem 16 residências reconhecidas pelo MEC, sendo 11 áreas médicas e 5 áreas multiprofissionais, gerenciadas pelo Instituto de Ensino, Pesquisa e Inovação.

CRÉDITO — A Fomento Paraná é uma instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Estado e está credenciada a operar a linha BNDES Saúde. Desde 2011 a instituição já contratou em torno de R$ 1,5 bilhão em financiamentos para projetos de infraestrutura e aquisição de máquinas e equipamentos dos municípios paranaenses e em tornou de R$ 1 bilhão em crédito para empreendedores privados, de micro, pequeno e médio porte, do comércio, da indústria, do setor de serviços.

Os recursos da linha BNDES Saúde estão disponíveis para outras entidades que se enquadrarem nos pré-requisitos. Podem ser financiados projetos de investimento voltados à melhoria da gestão e à implantação, ampliação e modernização das instituições de saúde, como estudos e projetos, obras civis, aquisição de equipamentos, além de capital de giro associado ao projeto de investimento, bem como para reestruturação do endividamento bancário e com fornecedores, desde que a instituição apresente um projeto de otimização operacional.

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