Uma conferência virtual com o quadro de colaboradores, realizada na manhã desta segunda, 9, marcou a comemoração pelos 21 anos de atuação da Fomento Paraná, alcançados nesse domingo, 8 de novembro.

O diretor-presidente da instituição financeira estadual, Heraldo Neves, aproveitou a oportunidade para parabenizar e reconhecer o mérito do trabalho de toda a equipe especialmente durante o período da pandemia de COVID-19.

“A pandemia gerou um esforço extremamente importante de todos os colaboradores e parceiros da Fomento Paraná e chegamos a este momento muito maiores do que a esperávamos quando entramos, em abril deste ano”, afirmou o diretor, que destacou os mais de 60 mil pedidos de crédito registrados e as 27 mil operações contratadas desde o início da pandemia no estado, envolvendo também recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE).

O diretor-presidente apresentou um breve retrospecto da atuação da instituição, autorizada a funcionar pelo BACEN em 8 de novembro de 1999. O Governo do Estado optou por reduzir essa atividade e tomou recursos do governo federal para sanear e vender o Banco Banestado, para depois iniciar a Fomento Paraná. “A instituição foi criada com um montante de R$ 100 milhões, que hoje representam ativos que somam R$ 2 bilhões, o que demonstra um crescimento importante nesse período”, destacou.

A instituição iniciou as atividades basicamente atuando com microcrédito e a partir da Lei de Responsabilidade Fiscal ficou responsável também pelas operações de financiamento aos municípios, por meio do Sistema de Financiamento aos Municípios, com os recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano, trabalhando em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Serviço Social Autônomo Paranacidade. “Somadas as carteiras de crédito para empreendedores privados e para os municípios, hoje são quase R$ 1,4 bilhão em recursos em circulação na economia paranaense e uma clientela ativa que nos torna uma das principais instituições financeiras neste segmento, com quase 40 mil clientes ativos, com operações em mais de 380 municípios”, apontou Neves.

O diretor-presidente destacou ainda a evolução de qualidade do quadro funcional, a partir de concursos públicos, a realização do planejamento estratégico e a reestruturação que levaram a instituição a se abrir ao mercado e se dispor a atender empresas de todos os portes e todos os setores da atividade econômica, faltando ainda neste momento apenas a área de crédito agrícola, que em breve será também contemplada.

Outro ponto importante, foi a abertura das plataformas para recepcionar pedidos de renegociação de contratos dos mutuários da instituição, com mais de quatro mil contratos renegociados, entre públicos e privados, permitindo manter recursos em circulação e ajudando a fazer diferença na economia paranaense durante a pandemia.

O diretor-presidente saudou o governador Carlos Massa Ratinho Junior e o vice Darci Piana, que muito valorizam a instituição, e destacou os pilares da atual gestão, com foco na modernização tecnológica, na busca de novos parceiros, e na captação de novos recursos que permitam caminhar de forma sustentável e independente do Tesouro do Estado.

Os desafios mais importantes para a instituição a partir de agora são colocar em atividade os novos fundos relacionados ao Estatuto da Microempresa, e a captação de recursos, uma vez que os limites de crédito fornecidos pelo BNDES para este ano foram atingidos (pela primeira vez na história da empresa), e por fim começar a atuar no crédito rural, fechando o rol de atividades econômicas atendidas.

DIRETORIA

A conferência virtual também deu voz aos atuais diretores. Mayara Puchalski, diretora-Administrativa e Financeira, agradeceu a todos os analistas, assistentes, estagiários e diretores pela dedicação e doação, neste ano de 2020, que “foi um ano jamais imaginado, tão diferente e difícil, mas no qual a Fomento provou que é capaz de fazer muito mais. Cumpriu a missão de apoiar o empreendedor, porque cada um se dedicou um pouco a mais e se doou”, disse. “Foi um ano divisor de águas, no qual a gente entrou pequeno e saiu grande, e que merecemos comemorar. Vamos continuar nos doando e fazer esta instituição cada vez maior.”

Wellington Dalmaz, diretor de Operações do Setor Público, disse que o ano de 2020 pode ser traduzido em uma palavra: reinvenção. “Em um ano marcado pela ruptura, agimos rápido e prontamente adaptamos nossos produtos às necessidades do mercado e fomos parceiros dos nossos clientes seja com capital de giro para o setor privado, ou na moratória para os municípios, além dos avanços tecnológicos que demoraríamos anos para efetivar”, afirmou.

Dalmaz parabenizou e agradeceu o empenho e dedicação da equipe do Setor Público, que fez mais de 500 aditivos contratuais sem uma única reclamação dos prefeitos e também ultrapassou a meta de contratações do ano.

Renato Maçaneiro, diretor de Mercado, que foi também empregado do antigo Badep, antes de migrar para a Fomento Paraná lembrou o que acontecia no mundo em novembro de 1999, como a criação do Euro, a taxa de conversão do dólar (R$ 1,55) e a Selic (24,9% aa), o bug do milênio e outras descobertas da ciência na época. “Era um mundo diferente e desafiador e como todo desafio, se vence com pessoas e ações, com firmeza na direção”, disse.

Maçaneiro disse que é gratificante ter podido participar do mosaico de CPFs que passaram e que estão na Fomento Paraná ao longo dos anos e considera um privilégio o convívio e o aprendizado com os colegas de trabalho na passagem pelas diversas áreas que atuou. “Nosso êxito nesse ano é apenas mais um. Outros desafios virão e é bom que venham, pois somos movidos a desafios. Sem desafios, a vida perde a graça”, finalizou.

Nildo Lubke, diretor Jurídico e de Compliance, também apresentou um pequeno histórico da criação das instituições financeiras de desenvolvimento nacionais e regionais. “Não existe possibilidade de desenvolvimento de um país, sem que se se tenha em conta os aspectos da região”, disse.

Lubke destacou ainda o trabalho que a instituição vem fazendo para recuperar os créditos contratados ao longo da história da empresa. “Devemos buscar por todos os meios, através de elementos de retidão, seriedade, honestidade e compreensão da realidade social, para continuar a promover o desenvolvimento das famílias e das pessoas, pelo bem estar social que é merecido a cada cidadão do estado do Paraná.”

Dois dos colaboradores que estão há mais tempo na instituição desde a criação, Silvana Kioko Silva Yamagutt e Claudio Massaru Shigueoka, também puderam falar. Shigueoka, que está há sete meses trabalhando em sistema de teletrabalho, fez um pronunciamento emocionado manifestando a falta que sente da companhia diária e o convívio com os outros colaboradores, do bate papo, do cafezinho. “A interação é uma coisa que faz multa falta. A dimensão das pessoas e a participação humana é o que nos move e faz acontecer as coisas. Temos sorte de poder mesclar tantas pessoas com características e formação tão diversa, que enriquece nosso conjunto”, disse.

Durante a reunião virtual também foram homenageados os antigos colaboradores que se dedicaram à instituição, nas pessoas dos ex-diretores Pedrinho Furlan, Antonio Carlos Pereira de Araújo, Antonio Rycheta Arten, Murilo Schmidt, Juraci Barbosa Sobrinho e Vilson Ribeiro de Andrade.